Avaliação da atividade antioxidante da própolis empregando-se a metodologia clássica do permanganato de potássio redesenhada

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Thais Cristine Pereira
Vanessa Marques Meccatti
Patricia Michelle Nagai de Lima
Luciane Dias de Oliveira
Maria Cristina Marcucci

Resumo

A própolis, é um produto elaborado pelas abelhas a partir de resinas encontradas na natureza, que possuem uma forte atividade antioxidante. A ela são atribuídas diversas propriedades farmacológicas e biológicas, a saber, antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante e antimicrobiana, entre outras. Os parâmetros de controle de qualidade estabelecidos para esse produto apícola, preveem a avaliação da atividade antioxidante, por permanganato de potássio (KMnO4) e pelo radical difenilpicrilhidrazila (DPPH). Esses parâmetros medem a qualidade da própolis. O método do KMnO4 é qualitativo, permitindo verificar a capacidade antioxidante da própolis, ou seja, o tempo medido para a oxidação completa da solução do KMnO4, por meio da verificação visual da alteração da cor. Na reação redox, o KMnO4 é o agente oxidante, observando-se a alteração da cor da solução de violeta para incolor. Entretanto, esse método é bastante controverso, pois leva a muitos erros de medida porque o tempo de descoloração do reagente é muito rápido. A proposta desse trabalho foi a de tornar a metodologia do KMnO4 quantitativa, semelhante à do DPPH, medindo-se a concentração de própolis que leva a descoloração do KMnO4 em 5 s, 10 s e 20 s. O resultado mostrou uma correlação linear (R) de 0,95 para o tempo de 20 s, em comparação com o DPPH, indicando que o método redesenhado é confiável e pode ser utilizado em vez desse último.      



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Detalhes do artigo

Como Citar
1.
Pereira TC, Marques Meccatti V, Nagai de Lima PM, Dias de Oliveira L, Marcucci MC. Avaliação da atividade antioxidante da própolis empregando-se a metodologia clássica do permanganato de potássio redesenhada. Braz. J. Nat. Sci [Internet]. 27º de janeiro de 2022 [citado 19º de março de 2024];4(3):E1512022, 1-7, 2022. Disponível em: https://bjns.com.br/index.php/BJNS/article/view/151
Seção
Artigo em fluxo contínuo
Biografia do Autor

Thais Cristine Pereira, Discente do curso de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Aplicadas à Saúde Bucal, ICT-Unesp, SJC, SP. Brazil.

Discente do curso de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Aplicadas à Saúde Bucal, ICT-Unesp, SJC, SP. Brazil.

Vanessa Marques Meccatti, Discente do curso de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Aplicadas à Saúde Bucal, ICT-Unesp, SJC, SP. Brasil

Discente do curso de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Aplicadas à Saúde Bucal, ICT-Unesp, SJC, SP. Brasil.

Patricia Michelle Nagai de Lima, Discente do curso de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Aplicadas à Saúde Bucal, ICT-Unesp, SJC, SP. Brasil

Discente do curso de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Aplicadas à Saúde Bucal, ICT-Unesp, SJC, SP. Brasil.

Luciane Dias de Oliveira, Docente do Departamento de Biociências e Diagnóstico Bucal, ICT-Unesp, São José dos Campos, SP. Brasil.

Docente do Departamento de Biociências e Diagnóstico Bucal, ICT-Unesp, São José dos Campos, SP. Brasil.

Maria Cristina Marcucci, Docente colaboradora do Departamento de Biociências e Diagnóstico Bucal, ICT-Unesp, São José dos Campos, SP. Brasil

Docente colaboradora do Departamento de Biociências e Diagnóstico Bucal, ICT-Unesp, São José dos Campos, SP. Brasil.

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