Uso de pomada de própolis brasileira tipificada e dimetilsulfóxido para tratamento de feridas cirúrgicas

Conteúdo do artigo principal

Maria Lucia Marcucci Torres
Bruna Pessine Novaes de Lima
Maria Cristina Marcucci
Vinicius Negrão

Resumo

Atualmente, a própolis é conhecida como um dos produtos de maior destaque devido às suas diversas propriedades farmacológicas e biológicas, dentre elas função anti-inflamatória, cicatrizante e antimicrobiana. Já o dimetilsulfóxido (DMSO) é um subproduto resultante do processamento da madeira e do petróleo, que com o passar do tempo vem sendo estudado e utilizado como carreador de diversos medicamentos e também desempenha funções anti-inflamatórias pela remoção de radicais livres e ação analgésica em resposta à depressão da condução de impulsos aferentes nervosos. Os objetivos do presente trabalho, foram o de comprovar a eficácia do uso da própolis e do DMSO como tratamento alternativo para cicatrização de feridas cirúrgicas, bem como, sugerir seus benefícios para o bem estar animal e manejo de feridas em geral. Foi analisada a qualidade da própolis por ensaios químicos e o seu potencial, associado ao DMSO, na cicatrização de feridas abertas. A própolis utilizada na confecção da pomada, atendeu todos os requisitos preconizados pela legislação, bem como apresentou os marcadores característicos para o tipo “verde” (BRP). Concluiu-se que a ação anti-inflamatória e antibiótica desempenhada pela pomada de própolis associada ao DMSO foi totalmente satisfatória, resultando em baixo grau de inflamação e apresentando cicatrização acelerada, com um melhor resultado, dispensando o uso de fármacos por via oral.


 

Detalhes do artigo

Como Citar
1.
Marcucci Torres ML, Pessine Novaes de Lima B, Marcucci MC, Negrão V. Uso de pomada de própolis brasileira tipificada e dimetilsulfóxido para tratamento de feridas cirúrgicas. Braz. J. Nat. Sci [Internet]. 29º de julho de 2021 [citado 25º de abril de 2024];4(2):E1422021, 1-9, 2021. Disponível em: https://bjns.com.br/index.php/BJNS/article/view/142
Seção
Artigo Original
Biografia do Autor

Maria Lucia Marcucci Torres,  Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, UNIFEOB

Docente do curso de Medicina Veterinária do  Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, UNIFEOB, departamento de Clínica Médica e Cirúrgica

Bruna Pessine Novaes de Lima, Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, UNIFEOB.

Discente do curso de Medicina Veterinária Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, UNIFEOB.

Vinicius Negrão, Apis Brasil – Green Eucalypt Propolis Ltda

Apis Brasil – Green Eucalypt Propolis Ltda, Pindamonhangaba, São Paulo,SP. Brasil. 

Referências

Marcucci MC. Propolis: chemical composition, biological properties and therapeutic activity. Apidologie. 1995;26(2): 83-99.

De Carvalho C, Fernandes WHC, Mouttinho TBF, de Souza DM, Marcucci MC, D’Alpino PHP. Evidence-based studies and perspectives of the use of Brazilian green and red propolis in dentistry. Eur J Dent. 2019;13(3): 453-63.

Marcucci MC, Sawaya ACHF, Custodio AR, Paulino N, Eberlin MN. HPLC and ESI-MS typification: new approaches for natural therapy with Brazilian propolis. In: Oršolić N, Bašić I. Scientific Evidence of the Use of Propolis in Ethnomedicine, 2008. p. 33-54.

Veiga RS, Mendonca S, Mendes PB, Paulino N, Mimica MJ, Lagareiro Netto AA, Lira IS, Cassina-Lopez BG, Negrão V, Marcucci MC. Artepillin C and phenolic compounds responsible for antimicrobial and antioxidant activity of green propolis and Baccharis dracunculifolia DC. J Appl Microbiol. 2017;122: 911-20.

Barreiras DG, Ruiz FM, Gomes JEG, Souza BMS. Eficácia da ação antimicrobiana do extrato de própolis de abelha jataí (Tetragonisca angustula) em bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Cad Ciênc Agr. 2020;12:1-5.

Rahal SC, Bracarense APFLR, Tanaka CY, Grillo TP, Leite CAL. Utilização de própolis ou mel no tratamento de feridas limpas induzidas em ratos. Arch Vet Sci. 2003; 8(1): 61-7.

Pereira JS, Bicalho L, Silva DA. Uso de própolis associada a outros componentes no tratamento de feridas oncológicas após excisão. Acta Biom Bras. 2012; 3(2): 15-25.

De Melo AA, Matsuda AH, de Freitas AS, Barth OM, Almeida-Muradian LB. Capacidade antioxidante da própolis. Pesq Agrop Trop. 2014; 44(3): 341-8.

Ccana-Ccapatinta GC, Mejía JAA, Tanimoto MH, Groppo M, de Carvalho JCAS, Bastos JK. Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub. and Symphonia globulifera L.f.: the botanical sources of isoflavonoids and benzophenones in Brazilian red propolis. Molecules. 2020; 25(9):2060. https://doi.org/10.3390/molecules25092060

Tasaka AC, Spinosa HS, Górniack SL, Bernardi MM. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 256-71.

Grégio AMT, Lima AAS, Ribas MO, Barbosa APM, Pereira ACP, Koike F, Repeke CEP. Efeito da própolis melífera sobre o processo de reparo de lesões ulceradas na mucosa bucal de ratos. Est Biol. 2005;27(58): 43-7.

Medeiros HH, Fachini V, Pupin MAF, Daneze ER, de Paula CJS. Uso de solução de extrato de própolis como antimicrobiano e cicatrizante em feridas cutâneas causadas por acidente automobilístico em cão. Arch Vet Sci. 2019;24(2):1-10.

Santos MJ, Vianna LAC, Gamba MA. Avaliação da eficácia da pomada de própolis em portadores de feridas crônicas. Acta Paul Enferm. 2007; 20(2):199-04.

Fachini V, Daneze ER, Fachini C, Pedro VA, Zero RC, Berreta AA, Esteve JMM, Trevisani LAC, Sobreira MFR, de Paula CJS. Avaliação macroscópica de feridas induzidas em equinos tratadas com extrato de própolis a 11%. In: Conferência Anual da Abraveq, 17, 2016, Campos do Jordão. Anais. Ribeirão Preto: Abraveq, 2016, p. 180-1.

Oryan A, Alemzadeh E, Moshiri A. Potential role of propolis in wound healing: Biological properties and therapeutic activities. Biomed Pharmacoth. 2018; 98: 469-483.

Fernandes Junior A, Lopes MMR, Colombari V, Monteiro ACM, Vieira EP. Atividade antimicrobiana de própolis de Apis mellifera obtidas em três regiões do Brasil. Ciênc Rural. 2006; 36(1):294-7.

Spinosa HS, Górniak SL, Bernardi MM. Farmacologia aplicada à medicina veterinária. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

Orlato D. Efeitos do DMSO (dimetilsulfóxido), administrado por via intravenosa, sobre as funções renal e hepática, perfil hidrossalino e hemograma de cães sadios. Jaboticabal: UNESP, 2006. 50p. Dissertação (Mestrado em Veterinária), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade estadual paulista, 2006.

Punyasiri PAN, Abeysinghe ISB, Kumar V, Treutter D, Duy D, Gosch C, Maretns S, Forkmann G, Fischer TC. Flavonoid biosynthesis in the tea plant Camellia sinensis: properties of enzymes of the prominente epicatechin and catechin pathways. Arch Biochem Biophys. 2004; 431(1): 22-30.

Domingos JSD, Pinheiro ER, Pardo E, Tanaka NM. Efeitos hepatotóxicos e nefrotóxicos do dimetil sulfóxido em aplicações tópicas em cães. Unopar Cient. Ciênc Biol Saúde. 1999; 1(1): 41-7.

Brasil (2001). Ministério Da Agricultura, Pecuária E Abastecimento. Instrução Normativa no. 3 de 19 de janeiro de 2002. Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Apitoxina, Cera de Abelha, Geleia Real, Geleia Real Liofilizada, Pólen Apícola, Própolis e Extrato de Própolis. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/servlet/VisualizarAnexo?id=2193.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)